O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) enviará requerimento ao ministro da Defesa, José Múcio, questionando como o Exército pretende lidar do ponto de vista administrativo com a prisão do general Walter Braga Netto.
A maior preocupação, diz Lindbergh, é com a influência que Braga Netto, um general de quatro estrelas, poderá ter sobre os responsáveis por sua detenção, na 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro.
“A decisão do ministro Alexandre de Moraes [do STF] estabelece uma série de condições, como não ter encontro com outros advogados e falar apenas com advogados. Aquele lugar onde ele está preso não pode virar um centro de conspirações”, diz o parlamentar, que a partir de fevereiro assume a liderança do PT na Câmara dos Deputados.
Braga Netto exerceu diversos cargos de comando no Rio de Janeiro, como a chefia do Comando Militar do Leste. Também foi interventor federal na segurança pública no estado e participou da organização da Olimpíada de 2016 na cidade.
“Ele tem muita autoridade perante os militares. A preocupação é ele não usar aquele espaço para fazer política”, diz o deputado petista.
Para Lindbergh, Moraes poderia analisar esses fatos e decidir eventualmente por outro local para manter o general preso, longe de pessoas hierarquicamente inferiores a ele.
“Tivemos o precedente do Mauro Cid, que recebia a visita de seu pai [o general Mauro Lourena Cid] o tempo todo”, afirma.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.