A denúncia é da senadora Damares Alves (Republicanos-DF): das 101 casas de apostas autorizadas pelo Ministério da Fazenda, 28 têm a mesma sede e 17 pertencem a sócios de empresas concorrentes.
A senadora pergunta: “Isso não chama a atenção dos senhores? Uma empresa que vai pagar R$ 30 milhões para ter uma autorização não pode pagar R$ 1.000 em uma sala? Tem que estar todo mundo numa mesma sala? Não chama a atenção esse comportamento estranho entre as empresas?”
A senadora tem autoridade para fazer essas perguntas. Em abril de 2020, na fatídica reunião do ministério em que o presidente Jair Bolsonaro fritou o ministro Sergio Moro, o poderoso Paulo Guedes, da Economia, defendeu a abertura de cassinos para endinheirados. A ideia era uma flor do orquidário de Bolsonaro, mas Damares, ministra da Mulher e dos Direitos Humanos, fulminou: “Pacto com o Diabo!”
A proposta de abertura dos cassinos atolou, mas o Coisa Ruim enfiou-se na liberação das casas de apostas.
Gastança
A oposição começou a colecionar casos de gastos com nepotismos e boquinhas do governo. Para uma administração que pretende ver aprovado um pacote de gastos, é calcanhar de Aquiles numa centopeia.
Cinco mulheres de ministros foram nomeadas para cargos vitalícios em tribunais de contas dos estados. Uma dúzia de maganos do primeiro e segundo escalão aninharam-se em conselhos. Isso sem falar no parque de diversões do patrocínio de eventos e nas viagens internacionais de ministros monoglotas com escolta de assessores.
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