A demanda dos consumidores por crédito recuou 1,6% na passagem de janeiro para fevereiro, já com os descontos de efeitos sazonais, de acordo com dados da Boa Vista. O resultado interrompeu uma sequência de quatro meses de avanços.
Na variação em 12 meses, sem ajuste, o índice manteve tendência de desaceleração e arrefeceu a 3,3% em fevereiro, ante 3,8% em janeiro e 4,5% em dezembro.
“A perda de ritmo na demanda vem sendo confirmada mês a mês”, afirma o economista da Boa Vista Flávio Calife.
O economista avalia que o risco de inadimplência no âmbito doméstico ainda é elevado em função do cenário econômico adverso e de notícias “não muito animadoras” do exterior.
Para Calife, a reversão dessa trajetória, por ora, ainda é muito remota. “De um lado, os juros e o comprometimento da renda elevados devem esfriar a demanda, enquanto de outro os riscos tendem a limitar um pouco a oferta de crédito.”
O indicador é calculado a partir da quantidade de consultas de CPF ao sistema de dados da Boa Vista por empresas. O objetivo do índice é antecipar movimentos e tendências do mercado de crédito.
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