O barril de crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no International Exchange a cotar 75 cêntimos acima dos 76,30 dólares com que encerrou as transações na segunda-feira.
Depois de começar a semana em ligeira baixa, o Brent subiu quase um por cento no dia em que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, prometeu reverter “assim que tome posse” a proibição imposta pelo incumbente, Joe Biden, das perfurações de petróleo e gás nas costas do país.
Além disto, durante uma conferência de imprensa na sua residência em Mar-a-Lago, no Estado da Florida, Trump recusou descartar o uso da força militar para assumir o controlo do Canal de Panamá e apoderar-se da Groenlândia, o que alarmou os investidores.
A analista Razan Hilalm, da Forex, comentou hoje que o mercado petrolífero enfrenta em 2025 um panorama incerto, pelas “acentuadas divergências em matéria de políticas comerciais, geopolíticas e económicas” que se esperam da presidência de Trump, que podem levar a Reserva Federal e os bancos centrais a adotarem posições mais “cautelosas”.
Acrescentou, por outro lado, que os investidores estão a ver com muita atenção as políticas da China e as suas medidas de “estímulos” económicos, depois de a fraca procura da sua economia ter obrigado a Organização dos Países Exportadores de Petróleo a rever em baixa as previsões de crescimento da procura em 2025 e adiar por três vezes o seu plano de aumentar a produção.
Leia Também: Cotação do Brent para entrega em março baixa 0,27% para 76,30 dólares