O barril de crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no International Exchange a cotar 2,84 dólares acima dos 76,92 com que encerrara as transações na quinta-feira.
A acentuada valorização do Brent, que chegou a evoluir acima dos 80 dólares durante o dia, segue-se ao anúncio do presidente dos EUA, Joe Biden, em conjunto com o Reino Unido, do pacto de sanções mais significativo contra a Federação Russa e a sua indústria de gás e petróleo desde que invadiu a Ucrânia.
Em concreto, sancionou dois dos maiores produtores e exportadores russos de petróleo: a Gazprom Neft, a terceira maior petrolífera russa, e a Surgutneftegas.
Segundo o governo britânico, estas duas empresas produzem mais de um milhão de barris diários, avaliados em 23 mil milhões de dólares anuais aos preços de agora, valor que supera, por exemplo, o produto interno bruto da Jamaica.
Além disso, o anúncio ocorre a 10 dias da tomada de posse de Donald Trump, do qual se espera que mantenha as sanções, aplica taxas alfandegárias e reduza a regulamentação sobre a indústria energética.
Para a subida da cotação do Brent também contribuiu a forte vaga de frio nos EUA e a Europa, que está a provocar o aumento da procura de combustíveis para aquecimento e do respetivo preço.
A empresa de gás Centrica avisou hoje que os stocks de gás no Reino Unido estão a um nível “preocupantemente baixo”, cerca de 26% abaixo do que se verificava em 2024.
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