Atualmente, 12.000 soldados da Coreia do Norte estão na Rússia, segundo Seul, Kiev e Washington
Os militares da Coreia do Sul afirmaram nesta 2ª feira (23.dez.2024) que detectaram que a Coreia do Norte está se preparando para enviar mais armas e tropas à Rússia, incluindo drones que devem ser usados na guerra contra a Ucrânia.
“Os drones são uma das tarefas em que Kim Jong Un se concentrou”, disse um funcionário do Estado-maior Conjunto de Seul à agência de notícias Reuters, afirmando ainda que a Coreia do Norte planeja entregar os equipamentos para a Rússia.
Até o momento, a Coreia do Norte já forneceu lançadores múltiplos de foguetes de 240mm e obuseiros autopropulsados de 170mm. De acordo com o Estado-maior Conjunto de Seul, mais drones estão sendo produzidos depois de o líder norte-coreano Kim Jong Um realizar um teste em novembro.
De acordo com a mídia estatal da Coreia do Norte, esse tipo de drone foi amplamente utilizado na guerra da Rússia contra a Ucrânia. Além de ordenar uma produção em massa desse tipo de arma aérea, Kim Jong Un determinou também uma atualização da teoria e educação militar no país, mencionando a intensificação da concorrência global.
Seul, Kiev e Washington afirmaram que atualmente existem 12.000 soldados da Coreia do Norte na Rússia. O Estado-maior Conjunto de Seul afirmou que ao menos 1.100 deles foram mortos ou feridos na região de Kurslk, de acordo com comunicado da agência de espionagem da Coreia do Sul. Em novembro, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que tropas da Coreia do Norte estavam no território ucraniano. “Onze mil soldados norte-coreanos ou soldados do exército norte-coreano estão atualmente presentes no território da Federação Russa na fronteira com a Ucrânia no norte do nosso país na região de Kursk”, disse Zelensky.
Também foi relatado a possibilidade que a Coreia do Norte realize um teste de um míssil hipersônico de alcance intermediário no final deste ano, antes da posse de Donald Trump (Partido Republicano). “Com o apoio da Rússia, eles provavelmente tentarão realizar várias provocações estratégicas no próximo ano, como o lançamento de mísseis balísticos intercontinentais e a realização de um teste nuclear para aumentar o seu poder de negociação com os EUA”, disse o funcionário à Reuters.