O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer o Brasil como sede da Copa do Mundo de futebol feminino em 2027, disse neste sábado (11) o secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, José Luís Ferrarezi.
Ele também confirmou apoio à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no projeto de candidatura do país. “O governo brasileiro quer, e faremos de tudo para ter a Copa do Mundo em 2027”, afirmou.
A declaração do secretário ocorreu em um seminário de gestão esportiva na FGV (Fundação Getulio Vargas), no Rio de Janeiro. O evento teve a participação do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
“O futebol feminino será prioridade neste governo. Até por isso, presidente Ednaldo, o governo apoia a possibilidade de termos a Copa do Mundo de futebol feminino no Brasil em 2027”, afirmou Ferrarezi.
Na visão do secretário, o país conta com a infraestrutura necessária para sediar o evento. O Brasil recebeu a Copa do Mundo de futebol masculino em 2014, o que motivou a construção e a reforma de estádios.
“Temos as arenas, temos a estrutura necessária, e o debate sobre emprego e renda é muito atuante e muito presente”, disse Ferrarezi.
Em 2023, a Copa do Mundo de futebol feminino será realizada na Austrália e na Nova Zelândia. O torneio está agendado para os meses de julho e agosto.
Antes de falar sobre o eventual desembarque do evento no Brasil, Ferrarezi discursou no Rio contra o modelo de torcida única em jogos de clubes no país.
O assunto voltou a ser debatido na capital fluminense após a briga entre organizadas do Flamengo e do Vasco no último fim de semana. O governador Cláudio Castro (PL), contudo, rejeitou na sexta (10) a possibilidade de adotar a torcida única em jogos no estado.
“Desembarco no Rio com um debate que envolve as torcidas, lamento a forma da condução. Não é com torcida única que vamos resolver essa situação no Brasil. Temos posicionamento radicalmente contra essa situação das torcidas únicas”, afirmou Ferrarezi.
Na visão dele, ao restringir a entrada nos estádios, o poder público assumiria uma “incompetência na gestão e na condução do debate”.
“Quando o estado diz que precisa de torcida única, diz que não tem condições de atender a população de modo geral”, avaliou.