Os representantes “vieram a Israel especificamente para esta finalidade”, declarou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Hirsch e os negociadores dos vários países reuniram-se com o Presidente israelita, Isaac Herzog, que tem insistido na urgência da realização de um acordo para libertar os cerca de 100 israelitas ainda mantidos como reféns na Faixa de Gaza, palco de uma guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas há mais de um ano.
“Apoiamos, esperamos, rezamos e apelamos a todas as partes envolvidas nas negociações no Qatar para que avancem o mais possível e ponham fim a esta enorme tragédia”, afirmou Herzog no início da reunião, de acordo com um comunicado.
As conversações prosseguirão na quarta-feira, e os representantes internacionais reunir-se-ão também com as famílias dos reféns.
Após meses de negociações sem sucesso, Israel enviou na segunda-feira ao Qatar o chefe da Mossad (serviços secretos israelitas), David Barnea, responsável pela equipa de negociação.
O movimento islamita palestiniano Hamas já entregou uma lista com os nomes de 34 dos 96 reféns que libertaria na primeira fase do acordo, incluindo duas crianças, dez mulheres e 11 idosos, mas sem esclarecer se os reféns se encontram vivos ou mortos.
O grupo islamita pediu uma semana de desanuviamento das tensões, sem aviões israelitas a sobrevoar Gaza, para comunicar com os sequestradores e confirmar o local e o estado em que se encontram os reféns, já que alguns estão nas mãos de outros grupos armados dentro do enclave, como a Jihad Islâmica.
A guerra em Gaza começou após um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas ao sul de Israel, a 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, a maioria civis.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 45 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Apesar dos intensos esforços diplomáticos sob a tutela do Qatar, do Egito e dos Estados Unidos, não foram alcançadas quaisquer tréguas em Gaza desde um cessar-fogo de uma semana no final de novembro de 2023, que resultou na libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
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