Clínica estética onde empresária morreu não tinha licença sanitária, diz Prefeitura de SP


A clínica Maná Day, onde Paloma Alves, de 31 anos, morreu na tarde desta terça-feira (26), não possuía licenciamento sanitário para funcionamento. A informação é da Prefeitura de São Paulo.

O estabelecimento é de responsabilidade do médio Josias Caetano, que tem um longo histórico de problemas com pacientes. Na clínica, Paloma realizou um procedimento conhecido como “hidrolipo”, onde ela gastou cerca de R$ 10 mil reais.

Em nota, a administração municipal informou que “não foi identificada Licença Sanitária junto à vigilância sanitária municipal ou mesmo solicitação de licenciamento sanitário protocolado. Ele foi autuado e interditado por exercer atividade irregular.”

A Secretaria Municipal de Saúde informou, ainda, que Paloma foi socorrida às 13h09, 26 minutos depois do acionamento, que aconteceu às 12h43. Levada para o Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio, a empresária não resistiu.

Nota – Prefeitura de São Paulo

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) lamenta a perda e se solidariza com a família. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado às 12h42 de ontem (26) para o caso citado e a ambulância foi empenhada para atendimento às 12h43, chegando ao local às 13h09. A paciente foi levada ao Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio (Tatuapé), sendo admitida em sala de emergência. Foram realizadas todas as manobras de reanimação, conforme protocolo, porém, infelizmente, evoluiu a óbito.

Uma equipe da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) esteve na Avenida Conselheiro Carrão, 1.167 – Vila Carrão na manhã de hoje (27) e encontrou o local fechado. Para o estabelecimento Mana Hospital Day Ltda – CNPJ: 53.936.372/0001-90, localizado neste endereço, não foi identificada Licença Sanitária junto à vigilância sanitária municipal ou mesmo solicitação de licenciamento sanitário protocolado. Ele foi autuado e interditado por exercer atividade irregular.

Também no mesmo endereço, o estabelecimento SB7 Intermediadora de Serviços Médicos Ltda. CNPJ 54.004.634/0001-41 não possui Licença Sanitária junto à vigilância sanitária municipal ou mesmo solicitação de licenciamento sanitário protocolado. Para este local, consta somente o Auto de Licença de Funcionamento, junto à Subprefeitura, de Uso e Ocupação de Solo para atividade médica ambulatorial restrita a consultas.

Investigação

A Polícia Civil de abriu investigação para apurar a morte de Paloma Alves em uma clínica de estética na zona leste de São Paulo. Paloma estava passando por um procedimento quando passou mal e morreu.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, policiais realizam buscas para conseguir localizar e ouvir o médico Josias Caetano dos Santos, responsável pela clínica Maná Day, onde Paloma morreu. O médico era quem atendia Paloma quando ela começou a passar mal.

Segundo o marido de Paloma Alves, Everton Lopes, a empresária pagou cerca de R$ 10 mil reais pelo procedimento. Ele relata que Paloma passou mal e não recebeu manoras de reanimação de profissionais da clínica.

Nota – SSP

O 31° DP (Vila Carrão) instaurou inquérito policial e apura todas as circunstâncias do ocorrido. A autoridade policial realiza diligências para localizar e ouvir o médico que realizou o procedimento, assim como a oitiva de testemunhas visando o devido esclarecimento dos fatos.

O que se sabe

Segundo o Boletim de Ocorrência obtido pela CNN, a jovem se submeteu ao procedimento estético na região das costas e abdômen, mas durante o atendimento, ela entrou em parada cardiorrespiratória irreversível.

Era previsto que ela tivesse alta médica no final desta tarde. Assim que entrou em parada cardiorrespiratória, o Samu foi acionado e ela foi socorrida ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde a vítima chegou morta. Na unidade hospitalar, foi apontado como causa provável da morte uma embolia pulmonar.

O procedimento havia sido contratado pelas redes sociais e o pagamento feito por transferências bancárias.

Nas redes sociais, o marido de Paloma postou sobre o ocorrido e disse que iria informar local do velório.

Outro lado

A CNN tenta contato com a clínica Maná Day e com o médico Josias Caetano por telefone, mas os números disponíveis estavam fora do ar. Também houve tentativa de contato pelas redes sociais, mas o Instagram da empresa foi retirado do ar.



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