Cerca de 150 mil imóveis ainda estão sem luz na Grande São Paulo após queda de energia elétrica nesta terça-feira (7), de acordo com a Enel, concessionária na região. No início da tarde, 650 mil usuários ficaram sem energia. Ainda segundo a Enel, 500 mil residências tiveram o abastecimento recuperado na primeira meia hora. O dado foi enviado em nota ao Brasil de Fato e não consta no site oficial da empresa que, de acordo com comunicado, passa por instabilidade.
Na capital, foram registradas chuvas fortes com ventanias e queda de granizo. Nas zonas Sul, Sudeste e Leste, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura chegou a decretar estado de atenção para alagamentos, que foi retirado às 14h25. Na Estação Meteorológica Ipiranga-Ribeirão dos Meninos, na Zona Sudeste, ocorreram rajadas de vento de 78,5 quilômetros por hora às 13h.
O órgão informou que “chuvas vindas do interior, formadas pelo calor e a entrada da brisa marítima e que atuaram com forte intensidade de forma isolada na cidade, perderam força”. Nas tardes da próxima quarta e quinta-feira, são esperadas pancadas isoladas.
A Enel reforça que “segue realizando manobras remotas na rede para normalizar o serviço a todos os clientes o mais rápido possível. As regiões mais afetadas foram as Zonas Sul e Leste da capital e parte do ABC”.
Histórico de Apagões
Em outubro de 2024, a concessionária italiana foi denunciada ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pelos maus serviços prestados à capital paulista. Na ocasião, a região central da cidade ficou cinco dias sem energia após uma tempestade, o que prejudicou tanto os moradores quanto o comércio local.
Durante a mesma crise, o Procon de São Paulo notificou a Enel, exigindo o envio de informações detalhadas sobre as interrupções no fornecimento de energia.
Antes disso, em 3 de novembro de 2023, outro blecaute de grandes proporções deixou cerca de 4 milhões de pessoas na região metropolitana e na capital paulista sem luz por sete dias. O contrato de concessão com a Enel foi firmado em 1998, com um prazo de 30 anos.
Edição: Nathallia Fonseca