A China aprovou sua primeira vacina Covid-19 baseada na tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), meses depois que o país suspendeu medidas estritas contra a pandemia.
A vacina foi desenvolvida pelo CSPC Pharmaceutical Group, uma empresa local com sede na cidade de Shijiazhuang, no Norte da China, informou a empresa em comunicado enviado nesta quarta-feira (23) à bolsa de valores de Hong Kong. A vacina tem como alvo a variante Ômicron e foi testada na China com mais de 5.500 pessoas, acrescentou.
A aprovação ocorre apenas algumas semanas depois que a China declarou uma “vitória importante e decisiva” no tratamento do surto de coronavírus que varreu o país nos últimos meses, após um relaxamento abrupto de sua política de “Covid zero” no final do ano passado.
“Este é um passo positivo porque há fortes evidências científicas de que as vacinas de mRNA são muito melhores do que as vacinas não mRNA”, disse Jin Dong-yan, professor de virologia molecular da Universidade de Hong Kong, à CNN.
“Se este produto … é tão bom quanto outros produtos no mercado ainda não foi determinado”.
O CSPC disse no comunicado que os resultados demonstraram a “segurança, imunogenicidade e eficácia” da vacina, mas não ofereceu detalhes adicionais.
Até agora, a China havia aprovado apenas vacinas inativadas feitas pela Sinovac Biotech e pelo Sinopharm Group, dois fabricantes de medicamentos com sede em Pequim.
Verificou-se que as vacinas inativadas provocam níveis mais baixos de resposta de anticorpos em comparação com aquelas que usam a tecnologia mais recente de RNA mensageiro. As empresas de biotecnologia Pfizer e Moderna fabricam vacinas de mRNA.
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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