CCJ do Senado adia votação de PEC das praias


Senadores pediram mais tempo para analisar o relatório do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado adiou nesta 4ª feira (4.dez.2024) o projeto que ficou conhecido como PEC das Praias (PEC 3 de 2022).

Senadores pediram mais tempo para analisar o relatório do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). 

Durante a sessão, Flávio negou que o projeto privatizará as praias, mas apenas mudará o regramento sobre os terrenos de marinha, que não incluem as faixas de areia. O senador também disse ter incluído um trecho para criar um fundo para preservação de praias.

A PEC 3 de 2022 prevê o fim da propriedade exclusiva da União sobre terrenos da Marinha. Como explicou o Poder360, a área a ser privatizada é composta por  terrenos de propriedade da União, localizados entre a linha imaginária da média das marés, chamada de LPM (Linha de Preamar Média). Essa linha foi estabelecida pela Carta Náutica de 1831 e da média das enchentes comuns daquela época.

DISCUSSÃO

A aprovação da PEC das Praias dividiu opiniões nas redes sociais e mobilizou artistas e influenciadores. O assunto virou motivo de discussão entre o jogador de futebol Neymar Jr. e a atriz Luana Piovani em maio, por exemplo.

Em 30 de maio, a artista chamou o jogador de “mau-caráter” e “péssimo cidadão” ao pedir aos seus seguidores para votarem contra a PEC. Em 18 de maio, Neymar havia anunciado parceria com a Due Incorporadora na construção do chamado “Caribe Brasileiro”. Serão 28 empreendimentos no litoral de Pernambuco e Alagoas.

O texto também virou alvo de manifestações no país. Em junho, milhares de pessoas se reuniram na praia de Ipanema (RJ) para protestar contra a aprovação da proposta. “É realmente um horror. São milhares de quilômetros quadrados passados do Poder Público para o poder privado”, afirmou o deputado estadual Carlos Minc (PSB), um dos organizadores do protesto à época.





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