Caso Alana: empresário acusado de matar estudante será levado a julgamento


A Justiça do Ceará vai levar a julgamento o empresário David Brito de Farias, acusado de homicídio contra a estudante Alana Beatriz Nascimento de Oliveira. A jovem foi encontrada morta na casa de David, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza, no dia 21 de março de 2021. Alana participava de uma festa no local quando os convidados foram embora. Ela ficou na casa e acabou sendo atingida por um tiro na cabeça.

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O advogado Leandro Vasques, que representa a defesa do acusado, informou que irá recorrer da decisão judicial.

“Respeitamos a decisão de 1º grau, mas tão logo seja publicada, dela recorremos ao Tribunal de Justiça do Ceará, acreditando na desclassificação do suposto crime para a sua modalidade culposa, como já aconteceu em inúmeros outros casos semelhantes. O recurso a ser manejado possui efeito suspensivo e portanto não há nenhuma previsão de submissão do réu a Juri pois a 2ª instância revisora poderá reformar a decisão do 1o grau de jurisdição. Neste caso, em específico, que motivo teria o empresário David em tirar propositadamente a vida da jovem Alana? Que razões teria ele? Eis uma pergunta que permanece sem resposta, eis que não enfrentada na decisão de pronúncia”, afirmou.

A defesa alega também que o “empresário Davi não possui nenhum histórico de agressividade, uma passado sem nódoa e não mantinha nenhum relacionamento com a vítima que, inclusive, a tinha conhecido naquela noite, horas antes, inexistindo qualquer animosidade, rusga ou desentendimento entre eles.”

Caso Alana

Imagens de câmeras de segurança que foram obtidas posteriormente mostram o homem saindo da casa em um veículo pela manhã depois que o crime aconteceu.

Posteriormente, o empresário foi indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar. A Polícia Civil do Ceará pediu a prisão do homem e o Ministério Público foi a favor, mas a 4ª vara do Júri de Fortaleza expediu apenas um mandado de busca e apreensão contra ele.

O empresário convidou amigos e várias mulheres para uma festa clandestina, entre elas, Alana Beatriz. Horas depois, a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamados, e a mulher foi encontrada morta com um tiro na cabeça. O corpo estava na cama do dono do imóvel, que fugiu com a arma utilizada no crime.

Em entrevista ao Grupo Cidade de Comunicação, amigos e familiares revelaram que Alana fazia um curso de inglês em uma instituição do suspeito. Familiares questionaram a alegação do empresário de que o tiro teria sido acidental.

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