A casa em que Francisco Wanderley Luiz, o “França”, autor do atentado na praça dos Três Poderes em Santa Catarina, morava em Rio do Sul (SC), amanheceu queimada na manhã deste domingo (17).
A suspeita de ter provocado o incêndio é Daiane Dias, ex-companheira dele, que foi vista por testemunhas ateando gasolina também no próprio corpo, disse à Folha a delegada da Polícia Civil da cidade, Elisabete Prado.
Ela não quis caracterizar o ato como suicídio ao dizer que a apuração está em fase preliminar.
O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina afirmou que a mulher que estava na casa foi retirada do interior da residência por vizinhos e apresentava queimaduras de 1⁰, 2⁰ e 3⁰ graus em 100% do corpo. Ela foi atendida, estabilizada e conduzida ao pronto-socorro do hospital regional.
A corporação afirma que, ao chegar no local, o incêndio já havia tomado parcialmente a residência de 50 metros quadrados.
A mulher que morava na casa era a ex-companheira de França, que teve uma separação tumultuada com o autor do atentado, disse a primeira mulher dele à Folha.
Em depoimento à Polícia Federal na quinta (14), Daiane disse que o plano de França era matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Mas a primeira mulher dele disse que a família não acredita nisso.
Nos últimos meses, o autor do atentado em Brasília tinha decidido trabalhar com um dos seus filhos em Barra Velha (SC), em um negócio envolvendo consertos de elevadores, e não foi visto mais na vizinhança de Rio do Sul.