A presidência da Câmara Municipal de São Paulo, comandada por Milton Leite (União Brasil), decidiu interferir na distribuição de gabinetes dos vereadores após relatos de pedidos de dinheiro entre os membros da Casa, segundo apurou o Painel.
Em 9 de outubro, logo após a realização do primeiro turno da eleição municipal, a Mesa Diretora da Câmara publicou um ato em que determina que as trocas e a distribuição de gabinetes para os vereadores que permanecerão na Casa e para os que iniciarão seus mandatos “serão efetivadas pela Presidência, mediante solicitação”.
Antes dessa decisão, a distribuição acontecia mediante acordos entre os vereadores que estavam em fim de mandato e os que estavam para começar –ou seja, os que estavam saindo indicavam os seus sucessores nos gabinetes.
No entanto, a cúpula da Casa recebeu relatos de casos em que vereadores estariam pedindo dinheiro em troca dessas indicações. Parte dos recursos seria para ressarcir gastos com mobiliário nos gabinetes, como móveis planejados. Outra parte seria pela preferência na indicação.
Os gabinetes na Câmara Municipal são diferentes entre si —alguns são maiores, outros têm banheiro privativo e há também os que possuem acesso direto ao elevador privativo e vista para a praça da Bandeira.
Com o ato, as indicações ainda poderão ser feitas, mas agora passarão por avaliação da presidência da Câmara. Segundo apurou a coluna, a ideia é que haja uma espécie de mediação entre os atuais titulares dos gabinetes e os interessados.
Segundo apurou a coluna, alguns critérios de análise já foram estabelecidos, como acessibilidade (para vereadores idosos ou com dificuldade de locomoção) e gênero (os gabinetes com banheiros serão destinados preferencialmente para mulheres).
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