Os 3 principais períodos de pesquisas sobre o ex-presidente foram próximo a momentos de tensão com a Justiça
Figura frequente no noticiário por tensões com o Judiciário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve 3 grandes picos de buscas no Google ao longo de 2024, de acordo com o Google Trends.
O maior se deu de 25 de fevereiro a 2 de março. O período foi marcado pelo ato do antigo chefe do Executivo na avenida Paulista, em São Paulo. Na ocasião, ele disse ser alvo de “perseguição”.
A manifestação no fim de fevereiro foi organizada pelo pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados do ex-presidente. O evento reuniu de 300 mil a 350 mil pessoas, de acordo com levantamento do Poder360. A maioria trajava roupas verde e amarelas e alguns exibiam bandeiras de Israel.
O 1º pico por buscas sobre Bolsonaro foi de 4 a 10 de fevereiro, semana em que foi deflagrada pela PF (Polícia Federal) a operação Tempus Veritatis –que apurou uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. À época, o antigo chefe do Executivo também teve o passaporte retido pela corporação.
Além de Bolsonaro, também foram alvos:
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL (Partido Liberal);
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Walter Braga Netto (PL), candidato à vice-presidência;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.
Segundo a investigação, os suspeitos trabalhavam para invalidar o resultado das eleições de 2022, que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes mesmo da realização do pleito. A polícia afirma que o núcleo de Bolsonaro atuou descredibilizando as urnas e incentivando atos extremistas.
O último grande momento de buscas se deu de 17 a 23 de novembro, quando Bolsonaro voltou a ser indiciado por tentativa de golpe de Estado. O plano incluía também, de acordo com o relatório da PF, matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
A PF disse ter identificado provas ao longo da sua investigação que mostram de forma “inequívoca” que o ex-mandatário “planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava concretizar o golpe de Estado e a abolição do Estado democrático de Direito”.
O relatório foi entregue a Moraes, relator do caso, que o encaminhou à PGR. A Procuradoria Geral da República decidirá este ano se apresenta ou não denúncia contra o ex-presidente.
PESQUISAS RELACIONADAS
A decisão de Jair Renan, filho 04 do ex-presidente, de concorrer a vereador por Balneário Camboriú (SC) usando o nome do pai também resultou em um aumento nas buscas relacionadas ao líder de direita.
Os termos “Bolsonaro candidato a vereador”, “Jair Bolsonaro candidato a vereador” e “Jair Bolsonaro Balneário Camboriú” apareceram, respectivamente, na 1ª, 3ª e 9ª posição entre os 10 mais buscados.
Outro tema que obteve um aumento repentino (quando a plataforma recebe um alto volume de pesquisas, em sua maioria recentes, por um determinado assunto) de buscas foi o perfume do ex-presidente.
O antigo chefe do Executivo tem, até o momento, 3 perfumes lançados pela marca homônima do maquiador Agustin Fernandez. Dois deles são masculinos, o Jair Bolsonaro e o Mito. Há também uma versão unissex, o Jair Bolsonaro Signature.
Eis as 10 pesquisas relacionadas em ascensão:
- Bolsonaro candidato a vereador;
- Jair Bolsonaro candidato a vereador;
- Perfume Jair Bolsonaro;
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- Chiquinho Brazão Bolsonaro;
- Marcal;
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- Pablo Marçal Bolsonaro.