Especificamente contra candidatos, foram registrados 217 casos; violência física em debates eleitorais, como cadeiradas e socos, foi uma novidade preocupante neste ano
O Brasil registrou mais de 400 casos de violência contra políticos e candidatos nas eleições de 2024, segundo dados compilados pela Unirio. Alguns desses episódios foram transmitidos ao vivo, durante debates eleitorais — como a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) —, enquanto outros, igualmente graves, ocorrem de forma constante em diversas regiões do país. A pesquisa “Observatório da Violência Política e Eleitoral” contabilizou 455 casos de violência contra lideranças políticas desde janeiro até 16 de setembro deste ano. Especificamente contra candidatos, foram registrados 217 casos, com um aumento significativo à medida que o pleito se aproxima.
No primeiro trimestre, houve oito casos; no segundo, 36; e no terceiro trimestre, 173. O Estado de São Paulo lidera o ranking com 29 casos, seguido pelo Rio de Janeiro, com 20, e o Piauí, com 14. A pesquisa também detalhou os tipos de violência: 94 casos de violência física, 49 de violência psicológica, 19 de violência econômica e 11 de violência simbólica. A violência física em debates eleitorais, como cadeiradas e socos, tem sido uma novidade preocupante neste ano.
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Além da violência física, a pesquisa também destaca a prevalência de outros tipos de agressão, como a violência psicológica, econômica e simbólica. A violência psicológica, que inclui ameaças e intimidações, é a segunda mais comum, com 49 casos registrados. A violência econômica, que pode envolver sabotagem financeira e restrições de recursos, teve 19 casos, enquanto a violência simbólica, que abrange ataques à reputação e à imagem dos candidatos, contabilizou 11 ocorrências.
*Com informações de Beatriz Manfredini