Os atrasos no embarque de produtos para exportações levou o país a travar 1,615 milhão de sacas de café em seus portos, segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Ao deixar de realizar os envios, o Brasil deixou de receber US$ 469,53 milhões como receita cambial até novembro.
Só naquele mês, por conta dos atrasos, o país registrou um “prejuízo portuário” de R$ 11,93 milhões em novembro. O valor apurado pelo Cecafé engloba gastos com armazenagens adicionais, detentions, pré-stacking e antecipação de gates.
Dentre os embróglios que levaram aos atrasos, a entidade destaca alterações de escala de navios para exportação e rolagens de cargas.
“Os entraves na logística e os prejuízos acumulados por nossos exportadores externam que os principais portos brasileiros para exportação de café e demais cargas que demandam contêineres não acompanharam a evolução do agronegócio no país, sendo nítida a falta de infraestrutura portuária adequada”, avalia Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé.
“A demanda por capacidade de pátio e berço maiores, condições adequadas de rodovias, ferrovias e hidrovias para atender ao agronegócio brasileiro, assim como o aprofundamento de calado para o recebimento de maiores embarcações, são cada vez mais necessárias no país”, conclui.
Heron afirma que a entidade conversa com parceiros comerciais, autoridades e membros do setor para buscar soluções, minimizar os prejuízos aos exportadores e possibilitar a otimização da infraestrutura portuária.
“A infraestrutura portuária brasileira vem apresentando sinais de esgotamento e é emergencial a ampliação de investimentos e adoção de medidas que visem atender à demanda crescente do agronegócio nacional, proporcionando mais eficiência e competitividade aos setores e possibilitando que um dos principais segmentos da economia do país permaneça gerando bilhões em divisas.”
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