O presidente foi denunciado em setembro pelo suposto assédio contra uma mulher há 10 anos
O presidente do Chile, Gabriel Boric (Convergência Nacional, esquerda) se defendeu nesta 5ª feira (28.nov.2024) contra acusações de assédio sexual. Em seu 1º discurso depois ser denunciado, o presidente chileno disse que o governo e seus advogados já estão analisando o caso. Pediu que “as instituições façam seu trabalho” e que o “governo governe”.
A denúncia contra Boric, apresentada em 6 de setembro, cita um suposto caso de assédio sexual contra uma mulher há 10 anos. Também envolve a divulgação de imagens íntimas.
Na época, o presidente chileno tinha 27 anos. Era recém-formado em direito. Boric teria conhecido a mulher em um estágio na cidade de Punta Arenas.
O advogado do presidente, Jonatan Valuenza, já havia dito que o líder chileno negava “categoricamente” as acusações. O governo também afirmou que a denúncia carecia de “fundamentação”.
Segundo a defesa do presidente, a mulher que denunciou foi quem assediou Boric por meio de e-mails contendo conteúdo íntimo e explícito.
O presidente chileno não deve ser investigado por causa do foro especial concedido a quem ocupa o cargo de presidente. O Ministério Público deve analisar o caso e decidir se abre um processo de cassação da imunidade parlamentar.
Boric terá que perder o benefício em última instância no Supremo Tribunal do Chile para que se inicie a investigação, que deve determinar se um processo será aberto.