A pesquisa do instituto Gerp, divulgada nesta sexta-feira (17), realizou simulações com possíveis cenários para a eleição presidencial de 2026, levando em conta diferentes candidatos. A pesquisa apontou que, se a eleição fosse hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seriam os nomes mais competitivos. Nomes como o de Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Pablo Marçal e Gusttavo Lima, também foram testados.
Embora o ex-presidente Bolsonaro não possa concorrer ao pleito devido à sua inelegibilidade, ele sai melhor em um cenário de embate direto com o presidente Lula. Em uma comparação direta entre os dois, Bolsonaro aparece com 34% das intenções de voto, enquanto Lula tem 28%.
Neste mesmo cenário, outros nomes aparecem com porcentagens muito menores. O influenciador digital Pablo Marçal, tem 6% das intenções de voto; o cantor Gusttavo Lima fica com 5%, e o governador Romeu Zema tem 4%. Os governadores Ratinho Jr. e Ronaldo Caiado aparecem com 2% e 1%, respectivamente. Outros 8% dos entrevistados afirmaram que não votariam em nenhum dos candidatos testados e 12% não souberam ou não responderam.
Bolsonaro tem vantagem sobre Lula na pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea, em que os eleitores escolhem um candidato espontaneamente sem nenhuma lista com nomes, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem vantagem sobre Lula. Nesse cenário, Bolsonaro aparece com 15%, ligeiramente à frente de Lula, que tem 14%.
Outros nomes, como Gusttavo Lima, Pablo Marçal e Tarcísio de Freitas, obtêm porcentagens muito menores, com 2%, 1% e 1%, respectivamente. Cerca de 66% dos entrevistados não souberam ou não responderam ao método espontâneo.
Lula aparece com vantagem em cenários sem Bolsonaro
Em uma segunda simulação, com o governador Tarcísio de Freitas representando o campo bolsonarista, Lula lidera com 29% das intenções de voto, enquanto Tarcísio tem 14%. Outros nomes testados, como Pablo Marçal (11%) e Gusttavo Lima (9%), têm um desempenho consideravelmente menor.
No mesmo cenário, Ratinho Jr. aparece com 5%, Zema com 4% e Caiado com 3%. A quantidade de eleitores que não escolheram nenhum dos candidatos é de 12%, e 14% não souberam ou não responderam.
Em um terceiro cenário testado pelo Instituto, em que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é a representante do bolsonarismo, Lula também lidera com 29% das intenções de voto. Michelle Bolsonaro, por sua vez, aparece com 23%, ficando em segundo lugar.
Outros candidatos como Pablo Marçal (8%) e Gusttavo Lima (7%) também são mencionados, seguidos por Zema (5%), Ratinho Jr. (4%) e Caiado (3%). Nessa simulação, 11% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos nomes testados, e 9% não souberam ou não responderam.
O último cenário testado pela pesquisa tem o deputado federal Eduardo Bolsonaro como representante do bolsonarismo na corrida eleitoral. Neste caso, Lula obteve 30% das intenções de voto, enquanto Eduardo Bolsonaro ficou com 13%.
Pablo Marçal teve 11% e Gusttavo Lima 8%, enquanto Romeu Zema (7%), Ratinho Jr. (6%) e Caiado (4%) ficaram com percentuais ainda menores. No total, 11% dos entrevistados não escolheram nenhum dos candidatos, e 10% não souberam ou não responderam.
Lula tem maior índice de rejeição entre o eleitorado
A pesquisa também revelou quem os eleitores afirmaram que não votariam de jeito nenhum. Lula lidera essa lista com 47% de rejeição, seguido por Bolsonaro com 37%. Outros nomes que também têm alta rejeição incluem Eduardo Bolsonaro (21%), Michelle Bolsonaro (20%) e Gusttavo Lima (18%).
A rejeição a outros candidatos como Ratinho Jr., Zema e Caiado varia entre 16% e 10%. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, obteve o menor índice de rejeição, com 9%. Dos entrevistados, 2% afirmaram que não votaria em nenhum dos candidatos acima e 1% que votariam em qualquer um. Entre eles, 6% não souberam ou não responderam.
Metodologia
A pesquisa realizada pela Gerp ouviu duas mil pessoas entre os dias 11 e 15 de janeiro, através de entrevistas por telefone assistidas pelo computador em todo o Brasil. A confiança na pesquisa é de 95,5%, com margem de erro de 2,2% para mais ou para menos.