Bolsonaro se diz ‘perseguido’ após indiciamento por tentativa de golpe e não descarta buscar exílio em embaixada


Polícia Federal lançou a Operação Tempus Veritatis, que resultou em mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas envolvendo Bolsonaro e seus aliados

FÁTIMA MEIRA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDOPF indicia Bolsonaro, Braga Netto, Heleno e mais 34 por golpe de Estado
Operação Tempus da PF resultou em mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas envolvendo Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro se declarou, nesta quinta-feira (28), em entrevista ao UOL, “perseguido” após ser indiciado pela Polícia Federal por suposta tentativa de golpe de Estado, ocorrida após as eleições de 2022. Ele não descartou a possibilidade de buscar abrigo em uma embaixada, afirmando que, se tivesse algo a temer, já estaria nos Estados Unidos e não teria retornado ao Brasil. Recentemente, a Polícia Federal lançou a Operação Tempus Veritatis, que resultou em mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas envolvendo Bolsonaro e seus aliados. Quatro dias após a operação, o ex-presidente foi visto passando duas noites na Embaixada da Hungria, onde sua defesa alegou que ele estava lá para manter contatos com autoridades locais.

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A operação teve como objetivo reunir evidências sobre uma tentativa de golpe. No dia 21 de novembro, a PF finalizou um relatório que recomendou o indiciamento de Bolsonaro e mais 36 indivíduos, incluindo ex-ministros. De acordo com a investigação, Bolsonaro teria liderado uma organização criminosa que buscava reverter o resultado das eleições, com plena consciência de suas ações. A possibilidade de Bolsonaro buscar refúgio em uma embaixada levanta preocupações sobre a aplicação da lei penal no Brasil. Caso ele se dirija a uma embaixada, ficaria protegido da Justiça nacional, o que poderia dificultar a continuidade das investigações.

A legislação brasileira prevê prisão preventiva para crimes inafiançáveis, especialmente aqueles relacionados a ações contra a ordem constitucional. O relatório da PF foi enviado à Procuradora-Geral da República, que agora irá avaliar as evidências e decidir se apresentará uma denúncia formal. Se a denúncia for feita, o Supremo Tribunal Federal terá a responsabilidade de analisar o caso e determinar os próximos passos, com base no parecer do Ministério Público.

Publicado por Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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