O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem mais dois indiciamentos, além do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no país após o resultado da eleição presidencial de 2022.
Ontem (21), o ex-mandatário foi indiciado pela Polícia Federal por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Veja como está o andamento dos inquéritos envolvendo Bolsonaro
Cartão de vacina
A Polícia Federal indiciou Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outras 15 pessoas, em 19 de março deste ano, por participação em um suposto esquema que fraudou registros de doses no cartão vacinal contra a Covid-19.
O ex-presidente e o tenente-coronel foram indiciados pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos.
A PF investiga a ação de uma associação criminosa que teria feito registros falsos de doses contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde para diversas pessoas.
Em abril, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu o indiciamento e pediu mais investigações sobre a fraude à PF. A corporação reenviou as novas apurações e, atualmente, é aguardado um parecer da PGR para o caso: se será oferecida denúncia, pedirá mais diligências ou se será arquivado, segundo apuração da CNN.
Joias sauditas
Em 4 julho deste ano, a PF indiciou Jair Bolsonaro pela investigação relacionada à venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.
Nesta ocorrência, Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Assim como no caso da fraude em cartões de vacina, ainda é esperado um parecer da PGR.
Segundo apuração da CNN, os primeiros dois indiciamentos de Bolsonaro seguem na PGR e não tem prazo para serem concluídos. Pode haver ainda a possibilidade de juntar os casos em uma única denúncia ou separá-los.
Golpe de Estado
A Polícia Federal indiciou Bolsonaro, na tarde da última quinta-feira (21), no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o pleito presidencial.
Além do ex-presidente, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo Mauro Cid.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, Alexandre Moraes, está analisando o inquérito da PF e deve enviar conclusão à PGR na próxima semana.
Além disso, a CNN apurou que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não deve concluir a análise do material apresentado pela Polícia Federal ainda em 2024. Portanto, a conclusão da PGR sobre o caso deve ficar para o ano que vem.
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