A investigação da Polícia Federal sobre o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que culminou com seu indiciamento no inquérito que apura tentativa de golpe, levou bolsonaristas a fazerem comparações com a Nicarágua, país que persegue religiosos.
No último dia 8 de novembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou em uma rede social ação de busca e apreensão contra o padre, que também prestou depoimento à PF.
O real objetivo, dizem os bolsonaristas, seria obrigar o padre a relatar sua relação com outros acusados. Mas isso implicaria, segundo eles, na quebra do sigilo entre religiosos e fiéis, além de violar um acordo diplomático do Brasil com o Vaticano para proteger o trabalho do clero.
“O Brasil não pode trilhar o mesmo caminho sombrio da Nicarágua, onde Daniel Ortega persegue, prende e exila líderes religiosos que considera hostis ao seu regime”, disse o ex-presidente.
Segundo a PF, o padre, da Diocese de Osasco, tem ligações com outros acusados na trama e participou de ao menos uma reunião no Palácio da Alvorada em que foi discutida a minuta do golpe. Ele nega qualquer tipo de envolvimento.
Procuradas, a embaixada do Vaticano no Brasil e a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) não se manifestaram.
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