Bitcoin deve “flertar“ com a marca de US$ 100 mil a partir do final do ano, prêve Jack Mallers


O bitcoin deve atingir a marca dos US$ 100 mil durante festas de final de ano, afirma Jack Maller, CEO da Strike e considerado especialista de ponta da área, em entrevista exclusiva à CNN Brasil.

“É importante entender que ainda serão necessárias algumas tentativas para estabilizar nessa marca. Por volta do final de dezembro veremos o bitcoin ‘flertar’ com esse número. Após a estabilização, não há obstáculos à vista”, ressalta.

Atualmente, o mercado e investidores em criptoativos acompanham o fôlego que o bitcoin, que bateu US$ 90 mil pela primeira vez em sua história após a eleição de Donald Trump, no início de novembro.

Nesta sexta-feira (29), a cripto rondava o patamar de US$ 97 mil, pausando o rali visto nas últimas semanas.

De acordo com o CEO, a falta de oferta do bitcoin para a alta demanda do mercado, independentemente da instituição ou agente, impulsiona o novo interesse no cenário.

“Por essa razão, o bitcoin deve ter um preço elevado, pois não podemos fazer mais da moeda digital. Toda esta nova demanda é atendida nos lances para comprar o bitcoin do mercado existente”, ressalta.

Apesar disso, Mallers diz que o valor da divisa digital não está na especulação acionária em torno do criptoativo, mas na capacidade de armazenar valor, renda e retorno financeiro ao longo prazo.

“O preço do bitcoin não deveria surpreender ninguém, por se tratar do ativo mais escasso na história humana. Esse é um fator fundamental para entender a valorização mais do que qualquer outra coisa em comparação”, afirma.

Reserva nos EUA

A implementação de uma reserva estratégica de bitcoin nos Estados Unidos seria a política econômica mais importante da história do país, pontuou o CEO.

A criação de uma reserva digital foi uma das promessas de campanha do presidente eleito Donald Trump, que sinalizou uma postura favorável aos criptos.

Mallers afirma que o anúncio do estoque digital seria equivalente à desindexação do dólar em relação ao ouro, em 1971, quando os EUA, durante a administração de Richard Nixon, anulou oficialmente a convertibilidade da moeda com o metal precioso.

“Esse seria um anúncio positivo quando comparado ao histórico de políticas econômicas dos EUA, que são majoritariamente defensivas, pois não seria reacionário, mas ofensivo, algo que seria a favor do crescimento [econômico], inovação e do país.”

Para o CEO da Strike, a promessa de campanha está alinhada ao interesse da população por lidar com os principais problemas na economia dos EUA.

“Essa seria uma medida que conversa com os problemas fiscais, de déficit e de inflação”, cita.

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