De acordo com um comunicado divulgado pela presidência norte-americana (Casa Branca), Biden e González Urrutia destacaram que “não há nada mais essencial para o sucesso da democracia do que respeitar a vontade do povo“.
Sublinharam também que “a vitória eleitoral de González Urrutia deve ser respeitada através de uma transição pacífica para um governo democrático”.
Biden sublinhou, durante a reunião, que o mundo se inspirou nos milhões de venezuelanos que votaram bravamente pela “mudança democrática” nas eleições de 28 de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a reeleição de Nicolás Maduro, que pretende voltar a tomar posse a 10 de janeiro.
Após as eleições, a maior coligação da oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), apresentou documentos de votação que dão a vitória a González Urrutia, que os EUA e outros países consideram o presidente eleito na Venezuela.
Biden e González Urrutia manifestaram ainda, de acordo com a Casa Branca, “profunda preocupação” com o “uso inaceitável e indiscriminado da repressão” por parte de Nicolás Maduro contra manifestantes pacíficos, ativistas democráticos e a sociedade civil.
O chefe de Estado norte-americano indicou, sobre este tema, que irá acompanhar “de perto” os protestos previstos para 09 de janeiro na Venezuela, e sublinhou que os venezuelanos devem poder expressar as suas opiniões políticas de forma pacífica e sem receio de represálias por parte das forças militares e policiais.
González Urrutia, exilado desde setembro em Espanha, garantiu que viajará para a Venezuela para assumir a Presidência a 10 de janeiro, o mesmo dia em que Maduro deverá tomar posse.
Antes da data, o líder da oposição está numa viagem internacional, que já o levou à Argentina, ao Uruguai e aos Estados Unidos, à procura de apoio.
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