O banco central da Argentina informou na sexta-feira (3) que conseguiu um acordo de recompra de empréstimo de US$ 1 bilhão a 8,8% com cinco bancos estrangeiros, em um reforço às reservas cambiais do governo.
A autoridade monetária disse em um comunicado em seu site que o empréstimo, que vence em dois anos e quatro meses, aumentará suas ferramentas de gestão de reservas cambiais, enquanto o presidente libertário Javier Milei busca fortalecer e liberalizar o mercado de câmbio.
“O forte interesse demonstrado pelos principais bancos internacionais fortalece o processo de normalização no acesso aos mercados de crédito internacionais, em linha com a queda do risco-país”, afirmou o banco central em comunicado.
A empresa disse que optou por não tomar mais empréstimos e não identificou os bancos participantes.
“Este é um passo importante para suspender as restrições dentro de um ‘roteiro’ econômico que continua inspirando confiança entre os investidores”, disse o economista argentino independente Gustavo Ber.
Na quinta-feira (2), o spread de rendimento entre os títulos argentinos e americanos, uma medida do risco-país e da confiança dos investidores, atingiu a menor taxa em seis anos.
O governo de Milei viu a inflação altíssima cair de um pico de quase 300% para 166% em novembro, mas as taxas de pobreza ultrapassaram 50% em meio a cortes severos nos gastos sociais.