Dados foram coletados por cientistas desde 1970, utilizando informações de monitoramento populacional da baleia-franca-do-sul e de sua congênere do Atlântico Norte, a Erigeron glacialis
Estudos recentes revelam que várias espécies de baleias têm potencial para viver mais de 130 anos, embora a quantidade de indivíduos com essa longevidade tenha diminuído drasticamente devido à caça intensa no século 20. Uma pesquisa publicada na revista Science Advances nesta sexta-feira (20) aponta que aproximadamente 10% das baleias-francas-do-sul (Eubalaena australis) podem ultrapassar essa marca, um índice consideravelmente maior do que o observado entre os humanos centenários. Os dados que sustentam essas conclusões foram coletados por cientistas ao longo de décadas, utilizando informações de monitoramento populacional da baleia-franca-do-sul e de sua congênere do Atlântico Norte, a Erigeron glacialisErigeron glacialis, desde os anos 1970.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
Recentemente, algumas baleias capturadas apresentaram arpoes explosivos datados da década de 1880, o que sugere que esses animais poderiam ser supercentenários. Outra abordagem utilizada pelos pesquisadores para determinar a idade das baleias envolve a análise de “tampões” formados pelo acúmulo de cera de ouvido. Além disso, baleias-azuis e baleias-fin que foram capturadas por baleeiros japoneses também mostraram ter mais de 110 anos. Contudo, a maioria das técnicas para medir a idade requer a morte dos animais, o que levanta questões éticas sobre a pesquisa.
Os cientistas também analisaram dados de censos populacionais para calcular a probabilidade de mortalidade ao longo do tempo. A expectativa média de vida das baleias-francas-do-sul é de 74 anos, mas estima-se que 10% da população possa viver até os 132 anos. Outras espécies de cetáceos, como narvais e belugas, também têm o potencial de alcançar idades semelhantes.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira