Após procedimento com biomédica especialista no assunto, supervisor administrativo teve que recorrer ao Poder Judiciário
Um homem de 40 anos decidiu, em dezembro do ano passado, realizar o procedimento de aumento peniano, mecanismo que tem ganhado cada vez mais evidência em consultórios de todo o país com divulgações nas redes sociais de profissionais que realizam o procedimento. A chamada “harmonização íntima” no pênis consiste na aplicação de ácido hialurônico, garantindo assim aumento no volume da genitália masculina. Para preservar a identidade do paciente, a coluna não vai revelar o nome da pessoa. Mas, no depoimento durante o processo que está na Justiça, ele relatou que se sentia incomodado por não ter um membro dentro dos “padrões” do sexo masculino. Por isso, começou a pesquisar para realizar a aplicação.
Depois de muita busca na internet, ele encontrou o perfil da biomédica Fernanda Porsch, que atende tanto em Itajaí (SC), como também em São Paulo, capital. Numa rede social no Instagram, a descrição é de que ela é referência internacional em harmonização íntima masculina, com residência em medicina estética em Harvard, nos Estados Unidos. Com mais de 43 mil seguidores, o perfil é repleto de conteúdos e vídeos explicando o procedimento e demonstrações de pacientes felizes com o resultado. Mas, de acordo com o supervisor administrativo que realizou a aplicação, logo depois de fazer a harmonização, em três semanas o líquido ficou concentrado apenas em uma parte do pênis. “Ficou uma bola em apenas uma região. Foi então que falei para ela sobre o problema, e ela recomendou que eu esperasse o ácido agir”, relatou o homem.
Dois meses depois da aplicação, uma consulta foi realizada, e o paciente novamente voltou a mostrar a deformação, sendo mais uma vez orientado a aguardar para ver se o líquido ficaria de uma maneira mais homogênea na genital, o que de fato não ocorreu. No mês abril, ele afirma ter retornado ao consultório solicitando que fosse retirado o ácido hialurônico. Sem o consentimento dele, foram injetados 20 ml a mais do produto. Após a realização de mais uma aplicação que seria uma tentativa da profissional de corrigir a situação, acabou agravando ainda mais o quadro do homem. Com o pênis ainda mais deformado e insistência do supervisor administrativo em tentar reverter o quadro, a resposta que ele teve do marido da biomédica foi: “O senhor infelizmente foi premiado ao contrário”.
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Diante de tantas frustrações em tentar reverter a questão que tem causado dificuldades para urinar além de gerar falta de ereção, o homem recorreu à Justiça, que avalia o caso. O homem pede a reparação do dano sofrido com a retirada total do produto. “Não consigo mais ter relações sexuais, não dá mais para urinar em pé e o que era para ajudar na minha autoestima abalou profundamente meu psicológico em algo que gastei R$ 11.600,00.” A coluna procurou a biomédica Fernanda Porsch, que é alvo do processo. Até a publicação desta matéria, não houve retorno da profissional.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.