Arqueólogos encontram ‘relevos celestes’ no Egito


Uma equipe de arqueólogos descobriu vários “relevos celestes” no teto do Templo de Khnum, localizado em Esna, a 60 quilômetros ao sul de Luxor, no Egito, durante obras de restauração do local. O anúncio foi feito pela Universidade de Tuebingen, na segunda-feira 20.

Os pesquisadores encontraram uma representação dos céus, que retrata os signos do zodíaco, e vários planetas, como Júpiter, Saturno e Marte, além de diversas estrelas e constelações, geralmente usadas para medir o tempo.

O Templo de Khnum, também conhecido como Templo de Esna, é um complexo de templos dedicado ao antigo deus egípcio Quenúbis (Khnum) e suas consortes (“esposas”) Menhit e Nebtu, a seu filho, Heka, e à deusa Neith.

Sobre o templo em que os relevos celestes foram encontrados

O templo foi construído durante a dinastia ptolomaica (por volta de 303 a.C. até 30 a.C.), na cidade egípcia de Esna, antes conhecida como Latópolis. Ao longo dos séculos, os relevos e suas cores foram cobertos por uma camada de sujeira e fuligem, o que os preservou por quase 2 mil anos.

De acordo com os pesquisadores, a estrutura, feita de arenito, possui 37 metros de comprimento, 20 metros de largura e 15 metros de altura. O templo foi construído em frente ao edifício do templo real do imperador romano Cláudio (41 d.C.–54 d.C.).

“As representações do zodíaco são muito raras nos templos egípcios”, explicou o diretor Christian Leitz, do Departamento de Egiptologia da Universidade de Tuebingen. “O próprio zodíaco faz parte da astronomia babilônica e não aparece no Egito até a época ptolomaica.”

Os arqueólogos acreditam que esse sistema de signos e as constelações relacionadas não eram presentes no Egito, até serem introduzidos pelos gregos, acostumados a decorar túmulos e sarcófagos privados. O zodíaco também teve grande importância em textos astrológicos, como horóscopos encontrados inscritos em cacos de cerâmica.

“É raro na decoração do templo: além de Esna, restam apenas duas versões completamente preservadas, ambas de Dendera”, disse Leitz.





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