Segundo a FGV Agro, o país apresenta crescimento médio anual de 21% no uso de bioinsumos; é 4 vezes superior à média mundial em 3 anos
Um estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas) Agro mostra uma expansão de 50% da área cultivada com bioinsumos no Brasil entre as safras 2021/22 e 2023/24.
Com crescimento médio anual de 21%, o país é líder no uso e na produção de produtos derivados de organismos vivos, como bactérias, fungos, plantas e outros microrganismos, usados na agricultura para melhorar a saúde e a produtividade das lavouras. O número é 4 vezes superior à média mundial nos últimos 3 anos.
Ao contrário dos produtos químicos convencionais, os bioinsumos oferecem benefícios ambientais, ajudando a melhorar a qualidade do solo, a promover a biodiversidade e a reduzir o uso de insumos sintéticos.
A tecnologia também é uma alternativa viável para os fertilizantes importados, cujo fornecimento foi afetado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, importantes players deste setor.
A pesquisa completa será apresentada em 6 de novembro no Fórum Bioinsumos Brasil, organizado pela CLB (CropLife Brasil), entidade que representa a indústria de pesquisa e desenvolvimento de bioinsumos.
“Este trabalho reforça a importância da inovação e da ciência na agricultura sustentável. Os números que serão apresentados comprovam que o uso dos bioinsumos nas lavouras brasileiras é uma realidade, além do potencial do Brasil se tornar plataforma exportadora dessa tecnologia”, afirmou Amália Borsari, diretora de Bioinsumos da CLB.
O levantamento também trará os avanços e desafios para a expansão desse mercado, que registrou R$ 5 bilhões em vendas na safra 2023/24, de acordo com dados da CLB, divulgados em junho deste ano.
“Essa pesquisa reforça a importância de olharmos para o futuro da agricultura, com foco nos desafios do planeta. E a sustentabilidade, sem dúvidas, é um deles”, disse Eduardo Leão, presidente da CLB.