Os vereadores eleitos Silvão e Silvinho Leite, do União Brasil, entraram na disputa pela sucessão do comando da Câmara Municipal de São Paulo. Eles são pupilos do presidente da Casa, Milton Leite, cacique do partido que decidiu aposentar-se da Casa neste ano.
Lideranças de outros partidos, no entanto, manifestam resistência aos dois, pois eles não têm experiência legislativa e ainda iniciarão os seus primeiros mandatos na política.
O nome que anteriormente aparecia como favorito, o reeleito Ricardo Teixeira (União), também ligado a Leite, têm preferência de vereadores de outras siglas e também de secretários do prefeito Ricardo Nunes (MDB), devido à sua experiência: ele iniciará o seu sétimo mandato e já foi secretário das Subprefeituras, do Verde e de Trânsito.
No entanto, ele também é cotado para reassumir a secretaria de Trânsito da gestão municipal ou administrar alguma outra secretaria em gestões do União Brasil em São Paulo.
“Todos têm chance”, diz Milton Leite ao Painel. Segundo ele, não há favoritismo entre os três no momento.
Silvão e Silvinho têm frequentado a sede da Câmara para se aproximarem dos colegas (e possíveis eleitores) nas últimas semanas.
Silvio Antonio de Azevedo, o Silvão, foi chefe de gabinete de Leite na Câmara Municipal paulistana. Além disso, dirige a escola de samba Estrela do Terceiro Milênio, da qual Leite é presidente de honra.
Já Silvio Ricardo Pereira dos Santos, o Silvinho, foi chefe de gabinete da Subprefeitura de M’Boi Mirim, também na zona sul, e do deputado federal Alexandre Leite, filho de Milton Leite.
Em julho, após ameaçar não apoiar a reeleição de Ricardo Nunes e flertar com Pablo Marçal (PRTB), o União Brasil aderiu à campanha do prefeito mediante acordo que envolveu a sucessão no comando do Legislativo paulistano.
Segundo esse acerto entre partidos, no entanto, o União indicará o sucessor de Leite no comando da Câmara. No partido, o entendimento é o de que o acordo tem validade de quatro anos, ou seja, de que terá apoio dos partidos da base de Nunes na busca pela presidência da Câmara durante todo o mandato do próximo prefeito. As eleições na Casa são anuais.
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