O prefeito Igor Normando (MDB-PA) assumiu nesta quarta-feira (1º) uma capital que será a vitrine do Brasil em 2025. Belém está em contagem regressiva para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30.
O evento, previsto em novembro, traz consigo a benesse de investimentos federais e estaduais para dar conta das delegações dos 195 países. Ao mesmo tempo, carrega o desafio de estar impecável a ponto de deixar um legado para Belém.
Igor Normando chegou ao comando da capital com o apoio do governador Helder Barbalho (MDB). O bolsonarismo ameaçou e chegou ao segundo turno com delegado Éder Mauro (PL-PA). Mas foi freado em uma demonstração de força da família do gestor no estado.
O governo Lula literalmente respirou aliviado após garantir um prefeito distante do perfil “negacionista climático”.
Para além dos debates sobre o clima, a população cobra uso de investimentos da COP para resolver problemas que vão além do peso em sediar um evento global desse porte. A missão é não deixar repetir exemplos passados.
Projetos envolvendo mobilidade urbana, idealizados para a Copa do Mundo de 2014, por exemplo, ficaram pelo caminho. Alguns foram abandonados. Outros, nem sequer concluídos.
A capital dos paraenses ainda está longe de estar pronta. Vê, no entanto, velocidade na preparação para receber o mundo em solo belenense. Na diplomação, Igor Normando prometeu acelerar as obras e entregar o maior pacote de investimentos da história.
A CNN buscou moradores para tentar entender o que Belém precisa. Além do sempre óbvio desejo por melhorias na saúde e educação, duas demandas chamam atenção: infraestrutura e transporte. O novo prefeito, segundo paraenses, vai encontrar uma cidade travada pelo trânsito.
Há também problemas de zeladoria, sobretudo para uma população ainda assombrada pela “crise do lixo”, que deixou Belém com as ruas tomadas por sujeira. Melhorar os índices da coleta de esgoto e acessos a serviços básicos são outros desafios.