Vice-presidente, que é médico, diz que alta da moeda é transitória; dólar fechou acima de R$ 6 pela 1ª vez nesta 6ª feira (29.nov)
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), que é médico, disse na 5ª feira (27.nov.2024) que está “faltando acupuntura” para “baixar o estresse” da alta do dólar. O mercado reagiu ao pacote de corte de gastos do governo e terminou nesta 6ª feira (29.nov) a R$ 6,001. Esse é o maior patamar de fechamento da história.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Alckmin disse que a alta da moeda norte-americana é “transitória” e as desconfianças do mercado financeiro serão arrefecidas quando ficar claro que, segundo ele, o pacote fiscal trará efeitos a médio e longo prazo.
“Na hora que for ficando claro que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal e que está tomando medidas de curto e médio prazo também, de controle de gastos, essas questões do câmbio vão normalizar”, disse.
Segundo o vice-presidente, as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, são muito positivas. Disse, ainda, que trarão mais justiça tributária.
“Você vai desonerar quem ganha até R$ 5.000, a rigor até R$ 7.000 também será beneficiado, e vai possibilitar que altos salários tenham uma contribuição maior. Então, você tem 2 projetos com objetivos distintos. Um, cumprir o arcabouço fiscal, déficit zero. O outro é a justiça tributária. Você desonerar as faixas de menor renda e compensar esse valor com faixas maiores”, disse.
Sobre as dúvidas em relação à aprovação no Congresso, Alckmin disse que o governo tem tido bons resultados e o projeto deve passar nas Casas.
DÓLAR EM ALTA
O dólar fechou esta 6ª feira (29.nov) a R$ 6,001, o maior patamar de fechamento da história. A moeda norte-americana agora acumula as seguintes variações:
- 0,19% no dia;
- 3,2% em uma semana;
- 3,8% em novembro;
- 23,7% em 2024.