O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse nesta quarta-feira (27) que o pacote de corte de gastos da equipe econômica pode ser anunciado nas próximas horas.
Alckmin, também ministro do Mdic (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), afirmou que o pacote de medidas vai fazer um “cumprimento rigoroso” do arcabouço fiscal.
“Nós deveremos ter aqui nos próximos dias ou nas próximas horas as medidas todas de ajuste fiscal fazendo o cumprimento rigoroso do arcabouço fiscal”, afirmou.
“O mundo inteiro se endividou em razão da Covid, US$ 100 trilhões. Há necessidade se se fazer um esforço grande na área fiscal, e o Brasil vai cumprir rigorosamente esse arcabouço fiscal”, completou.
Alckmin participou na manhã desta quarta-feira da abertura e da primeira sessão de debates do encontro nacional da indústria, que foi realizado em Brasília. O evento também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A declaração do vice-presidente acontece em meio à expectativa pelo anúncio das medidas de corte de gastos, que vem sendo trabalhadas pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
As medidas devem ser apresentadas por Haddad em reunião com líderes da Câmara dos Deputados, intermediada pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Também há a expectativa de que o chefe da equipe econômica e, eventualmente Lula, se encontrem com os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O anúncio do pacote de corte de gastos acontece após semanas de idas e vindas e sucessivos atrasos. Por diversas vezes, Haddad anunciou que o pacote estava fechado, restando apenas ajustar um ou outro detalhe.
Integrantes do governo apontavam que o pacote de medidas de contenção de gastos, elaborado por Haddad, deveria ter um impacto de cerca de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em 2025, e de R$ 40 bilhões em 2026.
Dentre as medidas que devem ser anunciadas estão mudanças para limitar os ganhos do salário mínimo. Também está em discussão o fortalecimento de ferramentas antifraude em benefícios sociais, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é pago a idosos ou pessoas portadoras de deficiência de baixa renda.
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