Fala do presidente é uma referência ao filme ‘Ainda Estou Aqui’, estrelado por Fernanda Torres, que aborda o desaparecimento do deputado Rubens Paiva durante a ditadura
Nesta quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou durante a cerimônia que relembra os dois anos dos atos de 8 de Janeiro, quando manifestantes invadiram a sede dos Três Poderem em Brasília. Durante o evento, Lula declarou que “ainda estamos aqui” e que democracia segue viva. Por outro lado, “Ainda Estou Aqui” é o título do filme estrelado por Fernanda Torres e altamente aclamado pela crítica. Atriz recebeu o Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz em Filme de Drama nesta semana.
“Hoje é dia de dizer em alto e bom som, ainda estamos aqui. Estamos aqui para fizer que estamos vivos que democracia está viva ao contrário do que planejam golpistas de 8 janeiro de 2033. Estamos aqui mulheres e homens de diferentes origens crenças, unidos por uma causa em comum. Estamos aqui pra dizer alto e bom som ditadura nunca mais, democracia sempre”, discursou o presidente da República.
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Paralelamente, o filme ‘Ainda Estou Aqui’ foi referenciado por Lula durante a declaração. O longa de Walter Salles é protagonizado pela atriz Fernanda Torres que ganhou o Globo de Ouro no último domingo (05). Na obra, a artista interpreta Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva, assassinado durante a ditadura militar. Após a premiação inédita, o presidente ligou para Fernanda para parabênizá-la pela conquista e no telefonema relembrou a importância do filme para o momento em que o Brasil vive.
Pensando nos desdobramentos dos atos realizados em 2023, o STF (Supremo Tribunal Federal) já condenou 375 réus pelos, resultado da denúncia de 1.682 envolvidos. Posteriormente, em outro momento do discurso, Lula defendeu a punição dos responsáveis e afirmou que as investigações seguem em curso. “Ninguém foi ou será preso injustamente. Todos pagarão pelos crimes que cometeram, todos”, disse. Durante a solenidade, Lula ainda mencionou a suposta tentativa de assassinato contra ele, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, e afirmou que todos os envolvidos “terão amplo direito de defesa e terão direito à presunção de inocência”.