Ministro da Secom diz que não há relação entre fala de Lula contra senador e operação da Polícia Federal
O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), Paulo Pimenta, disse nesta 4ª feira (22.mar.2023) que operação contra possíveis atentados ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR) mostra que a Polícia Federal não é mais aparelhada.
“Eu quero em 1º lugar cumprimentar a Polícia Federal pela operação. Isso é uma demonstração de que nós temos uma Polícia Federal republicana. Não temos mais no Brasil uma Polícia Federal aparelhada. A serviço de nenhum projeto político”, declarou.
A PF (Polícia Federal) prendeu 9 suspeitos do grupo criminoso que planejava ataques contra autoridades e funcionários públicos. O Poder360 confirmou que o grupo investigado pela PF faz parte da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Todos os 9 suspeitos foram detidos no Estado de São Paulo. Ao todo, serão cumpridos 4 mandados de prisão temporária, 7 de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão nos Estados de Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.
Entre os alvos do grupo criminoso estavam o senador Moro e o promotor de Justiça de São Paulo Lincoln Gakiya. De acordo com a corporação, os criminosos acompanhavam de perto os alvos para levantar as informações sobre as vítimas.
O senador agradeceu nesta 4ª feira (22.mar) à PF pela desarticulação de um grupo que pretendia realizar ataques contra ele. Em seu perfil no Twitter, Moro afirmou que os planos seriam uma“retaliação” do PCC, a maior organização criminosa do Brasil.
Sem conexão com fala de Lula
Pimenta também disse não haver ligação entre a operação e a fala de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre seu período na cadeia. O presidente disse que, na época, queria “foder” o então juiz. Ele também afirmou que seu tempo na cadeia foi uma forma de tortura.
“Para o ministro, a fala e a operação mostram que não há interferência na PF e que o discurso petista é “absolutamente natural” para quem ficou 580 dias preso”, disse.