Aguarda-se para breve, possivelmente nesta terça-feira (28), a divulgação do novo arcabouço fiscal pela administração federal. Depende se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gosta ou não do que está na mesa.
São poucos os detalhes conhecidos dos planos submetidos ao petista, mas sabe-se bastante do falso dilema em que o governo se meteu: se a política manda na economia ou é a economia quem manda na política.
Lembra outro falso dilema recente do governo: responsabilidade fiscal ou responsabilidade social.
Na verdade, não há como separar uma coisa da outra. Todas as decisões na economia são políticas, e têm consequências políticas.
O dilema no qual o governo se meteu é considerar que as “leis da economia” não podem prevalecer sobre os objetivos da política. Como se cuidar das contas públicas, por exemplo, obedecesse a uma tal “lógica do mercado”, em detrimento do atendimento das questões sociais.
O que a experiência histórica demonstra é que não há como cuidar de forma sustentável do social sem cuidar, de forma responsável, das contas. Como não é possível separar economia e política, ou achar que uma manda na outra.
A política afeta a economia, e a economia afeta a política. Separar uma da outra só complica.
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