Esta é a segunda decisão consecutiva da instituição de aumentar a taxa, na tentativa de levar a inflação a 2% no longo prazo
O Federal Reserve dos Estados Unidos (FED), órgão equivalente ao Banco Central brasileiro, decidiu aumentar a taxa de juros norte-americana em 0,25 ponto percentual, indo de 4,75% para 5%, nesta quarta-feira, 22. Na reunião anterior, realizada em janeiro, a instituição também havia subido a taxa no mesmo percentual. De acordo com comunicado enviado ao mercado, a decisão do colegiado de política monetária do Federal Reserve busca alcançar uma inflação de 2% no longo prazo, tendo em vista que o grupo está em alerta em relação aos riscos inflacionários. “O Comitê antecipa que algum endurecimento adicional da política pode ser apropriado para atingir uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo. Ao determinar a extensão dos aumentos futuros no intervalo da meta, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os desenvolvimentos econômico-financeiros. Além disso, o Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito em seus planos anunciados anteriormente. O Comitê está fortemente empenhado em retornar a inflação ao seu objetivo de 2%”, afirmou em nota o comitê.
“Ao avaliar a orientação apropriada da política monetária, o Comitê continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. O Comitê estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surgissem riscos que pudessem impedir o alcance de suas metas. As avaliações do Comitê levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, informou o grupo. Além disso, FED afirmou que indicadores recentes apontam crescimento modesto nos gastos e na produção, baixas taxas de desemprego e manutenção da inflação elevada. Em referência à quebra de bancos norte-americanos, o Federal Reserve aponta que isso deve resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas e pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação. O comitê avaliou que a extensão desses efeitos é incerta, mas que o sistema bancário norte-americano é sólido e resiliente.