Milton Leite (União Brasil), ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, diz respeitar o veto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) a ônibus a diesel na renovação da frota da cidade. Ele, porém, continua vendo com dificuldade o fornecimento de energia para veículos 100% elétricos.
São Paulo precisará substituir cerca de 3.500 ônibus até o fim do ano, porque já atingiram o prazo de dez anos previsto em lei. O ex-vereador e aliado político do prefeito foi o autor de um projeto que permitia que metade das novas unidades fosse movida a diesel, aprovado pela Câmara em 18 de dezembro.
Nunes, no entanto, vetou essa possibilidade ao sancionar o texto nesta quinta (16) e obrigou que as novas unidades sejam movidas a bateria (hoje são apenas 290). “Ele deve ter informação melhor que eu para implementar as medidas. Meu entendimento é um pouco diferente”, afirma Leite.
O líder do União Brasil no município diz que uma renovação da frota 100% elétrica “seria maravilhoso para a cidade”, mas estima que ela custará R$ 10 bilhões, além da dificuldade de trocar tantos veículos de imediato. A principal preocupação dos empresários do setor, afirma, é o fornecimento de energia.
Segundo sua antiga proposta, metade dos novos ônibus seria elétrica e metade teria o motor a diesel Euro 6, que segue normas europeias de redução de emissão de poluentes. “Mas eu respeito, vamos esperar o resultado”, declara Leite.
Por sugestão de vereadores da base de Nunes, um ponto da lei sancionada permite que as concessionárias também usem ônibus movidos a gás natural, o que é criticado por especialistas por causar ainda mais emissões do que os movidos a diesel.
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