Novos equipamentos terão a capacidade de serem ligadas e desligadas pelos próprios policiais, mas também poderão ser acionadas remotamente pela central de operações da PM
O novo Ouvidor das Polícias de São Paulo, Mauro Ceri, assumiu recentemente seu cargo com uma proposta clara: a defesa do uso de câmeras com gravação ininterrupta durante o trabalho da Polícia Militar no estado. Ceri, um advogado de 65 anos, foi indicado pelo governador Tarcísio de Freitas e assume em um momento crítico, marcado por diversos casos de violência policial. Ele substitui Cláudio Silva, que era conhecido por suas críticas às ações da polícia militar. O mandato de Ceri está previsto para durar de fevereiro de 2025 até o início de 2027.
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O governo de São Paulo lançou um edital para a contratação de 12.000 novas câmeras. Este número ampliará o contingente atual de pouco mais de 10.000 câmeras, que foram adquiridas durante o governo de João Dória. As novas câmeras terão a capacidade de serem ligadas e desligadas pelos próprios policiais, mas também poderão ser acionadas remotamente pela central de operações da polícia militar. Tanto Mauro Ceri quanto o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso, são defensores da gravação ininterrupta, destacando que, na gestão anterior, houve uma redução nas mortes devido ao uso das câmeras.
Além da questão das câmeras, Ceri destacou a importância do uso progressivo da força e a necessidade de discutir a atuação policial com a sociedade, e não apenas internamente. Ele se posicionou contra a proposta do Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, de criar ouvidorias separadas, defendendo que a ouvidoria permaneça única. Ceri também pediu mais investimentos na Polícia Militar, ressaltando que melhorias na infraestrutura e no treinamento são essenciais para uma atuação mais eficaz e menos violenta.
Com informações de Beatriz Manfredini
*Reportagem produzida com auxílio de IA