“Cometeram os mais graves crimes de genocídio jamais cometidos. A Europa imperial colonialista que ainda existe na União Europeia não quer reconhecer esse facto. Eles, as elites, são os herdeiros diretos de sangue dos genocidas que assassinaram 80 milhões de seres humanos aqui [continente americano]”, disse.
Nicolás Maduro falava no Teatro Teresa Carreño, durante o ato de apresentação de memórias e contas correspondente a 2024, conhecido popularmente como Mensagem Anual à Nação.
“Aqueles que estão a tentar impor as suas fórmulas intervencionistas na Venezuela a partir da União Europeia, aqueles que estão a tentar impor um segundo Guaidó [Juan, que em 2019 se declarou presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder] na Venezuela, são herdeiros dos genocidas que mataram 80 milhões de indígenas, que raptaram irmãos africanos, irmãos caribenhos, 50 milhões de seres humanos em África”, disse.
Maduro explicou que que venezuelanos e africanos, não são apenas irmãos de sangue, porque os avós dos africanos foram “trazidos sequestrados” para a região.
“E quem os trouxe para cá? A elite colonialista, racista, genocida e esclavagista da Europa. E se eles não querem ouvir, nós não queremos calar e vamos dizê-lo aos quatro ventos, por agora e para sempre. Vamos dizer as nossas verdades, não importa a quem isso magoe”, disse.
Por outro lado, explicou que os venezuelanos têm de abrir espaço para a paz política, social e económica, a integração do país e a paz da região.
“Todos os venezuelanos têm de se entender como entidades vivas e atuantes, defensoras da paz como valor supremo. É a paz, o que eles têm tentado perturbar ano após ano. É por isso estar aqui é e continuará a ser a maior demonstração de que somos vitoriosos no caminho da paz, da união, do diálogo, do funcionamento institucional e de uma Constituição fortalecida”, disse.
Leia Também: Vice-primeiro ministro italiano pede explicação sobre detido na Venezuela