“Se Trump quer que nos sentemos e falemos sobre a China para encontrar soluções comuns, não pode passar por cima da Europa como faz com o Canadá ou o México, que são fortemente dependentes dos Estados Unidos”, disse o líder do PPE.
Manfred Weber participou no colóquio “Diálogos para a Europa” com jovens, realizado na sede do Parlamento Europeu em Madrid, onde falou aos presentes sobre o futuro e os desafios da União Europeia (UE).
Referindo-se à possibilidade de Trump, que tomará posse como presidente no próximo dia 20, impor tarifas às exportações europeias para os EUA, Weber lembrou que ambas as regiões têm “o mesmo peso” na economia mundial.
“A Europa representa 21% do produto interno bruto mundial, a América 22%, somos igualmente importantes”, defendeu.
O presidente do PPE descreveu-se como um “político transatlântico” e manifestou o seu desejo de trabalhar em conjunto com Trump, sublinhando que os EUA e a Europa partilham valores e princípios sobre como a sociedade deve funcionar.
Questionado sobre as intenções de Trump de assumir o controlo da Gronelândia, um território autónomo do Reino da Dinamarca, o político alemão apelou à calma e referiu que, “dado o seu estilo de política, não devemos reagir de forma exagerada a tudo o que ele diz, é provocador”.
A Gronelândia é um território autónomo da Dinamarca, um aliado de longa data dos EUA e membro fundador da NATO.
Weber referiu-se ainda à vontade de Trump de impor um aumento das despesas militares aos países da NATO e disse que a Europa devia estar grata por ser colocada “em frente a um espelho”, porque “não fez o seu trabalho de casa” em matéria de defesa.
O Presidente eleito Donald Trump defendeu que os países da NATO deveriam aumentar os seus orçamentos de defesa para 5% do PIB, mais do dobro dos atuais 2%.
Durante a reunião, o presidente do PPE sublinhou ainda os desafios de segurança da UE e apelou a uma política de migração que atraia pessoas qualificadas.
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