O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, defendeu que o Brasil implemente uma regulação das redes sociais. O ministro, empossado ao novo cargo nesta terça-feira (14), afirmou ainda que sua nomeação para a pasta não tem reflete uma preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o pleito de 2026, mas uma necessidade de comunicar os “feitos” do governo.
Em entrevista à Globo News, Sidônio saiu em defesa da regulação das redes sociais no Brasil e afirmou que o governo vai fazer uma reunião com empresas de checagem na próxima semana. “É importante que as redes sociais tenham um processo de regulamentação, como tem acontecido na Europa e no mundo democrático como um todo, e isso precisa acontecer no Brasil”, disse.
De acordo com o ministro, a “soberania nacional vai sofrer” caso não ocorra uma regulação dessas plataformas. Palmeira também já tem tratado como um problema a nova determinação da Meta, detentora do Facebook e do Instagram. Um anúncio da companhia de que faria mudanças em seu modelo de checagem gerou uma reação da Advocacia Geral da União (AGU), que pediu esclarecimentos sobre a mudança.
Em resposta à pasta, a Meta informou que a troca do Programa de Verificação de Fatos pelo “Notas da Comunidade”, ocorrerá inicialmente apenas nos Estados Unidos, para que seja aprimorado antes de ser implantado em outros países. Sidônio informou que a medida ainda “precisa ser analisada” e será discutida na próxima semana.
Ele já fez, porém, críticas à determinação da empresa. “A gente não pode confundir liberdade de expressão com liberdade de agressão. A gente precisa agir com firmeza. As plataformas são importantes porque ajudam na comunicação, então a gente tem que fazer algo que respeite as leis do nosso país”, afirmou.
Eleições são consequência, afirma Sidônio
Em entrevista ao canal, Sidônio afastou a possibilidade de que sua nomeação para a Secom tem a intenção de melhorar a popularidade Lula mirando as eleições presidenciais de 2026. “Reeleição é outra coisa, é consequência”, disse ao afirmar que veio para “mostrar os feitos do governo”.
“O governo quer mostrar tudo que está sendo feito e o que vai fazer até 2026, quando termina o mandato do presidente Lula. Reeleição é outra coisa, é consequência. A gente está preocupado em mostrar os feitos do governo, que não são poucos, e que o governo ainda continua fazer. isso é o principal. Se o presidente vai para a reeleição ou não, são outros quinhentos”, disse em entrevista à Globo News.
Sidônio Palmeira foi o marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula em 2022 e assumiu a Secom no lugar de Paulo Pimenta (PT), que estava no comando da pasta até a última semana. Nesta quarta, o novo ministro reconheceu a dificuldade do governo com as redes sociais e afirmou que vai trabalhar para uma comunicação que traga resultados.
“Gestão, política e comunicação são como um triângulo. Cada vértice é essencial para alcançar resultados”, disse.