Tropas especiais da Ucrânia disseram ter encontrado soldados norte-coreanos que recorrem ao suicídio para evitar captura na região de Kursk, oeste da Rússia. Um militar norte-coreano teria detonado uma granada contra si mesmo nesta 2ª feira (14.jan.2024) durante inspeção de corpos após um confronto. As informações são da Reuters.
As Forças de Operações Especiais da Ucrânia divulgaram o incidente em suas redes sociais. Os militares ucranianos escaparam ilesos da explosão.
Kiev estima que 11 mil soldados norte-coreanos apoiam as forças russas em Kursk. Destes, mais de 3 mil foram mortos ou feridos desde o início da participação no conflito, segundo o Ministério da Defesa ucraniano.
Moscou e Pyongyang inicialmente negaram o envio de tropas. Em outubro de 2023, o presidente russo, Vladimir Putin, admitiu indiretamente a presença de militares norte-coreanos em território russo.
O envolvimento marca a maior operação militar internacional da Coreia do Norte desde a Guerra da Coreia (1950-1953). O país havia enviado contingentes menores para a Guerra do Vietnã e o conflito na Síria.
Um parlamentar sul-coreano, com acesso a informações da agência de inteligência do país, afirmou que os soldados norte-coreanos demonstram despreparo para a guerra moderna, especialmente contra ataques de drones. Segundo ele, a Rússia os utiliza como “bucha de canhão”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, ofereceu trocar soldados norte-coreanos capturados por prisioneiros ucranianos detidos na Rússia. A proposta foi feita diretamente a Kim Jong-un.