Só a premiê italiana Giorgia Meloni e o presidente francês Emmanuel Macron permanecem no cargo em relação à composição do encontro de 2024
A Cúpula do G7 de 2025, marcada para junho em Kananaskis (Canadá), deve ter 5 novos chefes de Governo. Se confirmada, será a maior dança das cadeiras do grupo. A expectativa é que só a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni (Irmãos da Itália, direita), e o presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), permaneçam nos cargos em relação ao encontro de 2024.
Os representantes de Alemanha e Canadá para a reunião ainda não estão confirmados. Ambos os países vão às urnas ainda em 2025. Os alemães definirão seu novo chanceler em 23 de fevereiro depois da queda do governo de Olaf Scholz (Partido Social Democrata, centro-esquerda). Os canadenses, a princípio, em outubro. Mas o premiê Justin Trudeau (Partido Liberal, centro-esquerda) renunciou e deixará o poder em março. Um interino assumirá.
Nos 2 países, a centro-direita lidera as pesquisas e devem assumir os respectivos governos. Se esse cenário se confirmar, será a 1ª vez em 14 anos que o G7 terá 5 de seus 7 líderes mais inclinados à direita.
Além de Alemanha e Canadá, também terão novos chefes de Estado em 2025 Japão, Estados Unidos e Reino Unido. No país asiático, Shigeru Ishiba assumiu como primeiro-ministro no lugar de Fumio Kishida. A mudança não interferiu no espectro do governo, uma vez que ambos são do mesmo partido de direita.
Nos EUA e no Reino Unido, porém, haverá mudança no espectro político. Donald Trump, do Partido Republicano, sucederá Joe Biden, democrata, como presidente dos EUA em 20 de janeiro. O premiê britânico, Keir Starmer, venceu as eleições em julho. A vitória representou a volta do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, ao poder do Reino Unido depois de 14 anos.
ELEIÇÕES DE 2025
O prognóstico para o G7 é reflexo da tendência eleitoral nos principais países que irão às urnas em 2025. Da América Latina à Europa e Oceania, partidos conservadores e de direita estão mostrado tendência de crescimento, impulsionados por incertezas econômicas e questões de imigração.
À medida que se aproximam as eleições, as preferências dos eleitores favorecem líderes da direita, que, com promessas de segurança, estabilidade econômica e soberania, estão conquistando apoio significativo, superando candidatos de centro e da esquerda.
As tendências eleitorais apontam que:
- Alemanha, Austrália, Noruega, Canadá e Chile, estão vivenciando um movimento de direita, impulsionado por insatisfações com seus governos de esquerda ou centristas atuais;
- Dos 9 países analisados, somente Bolívia deve manter seu governo esquerdista;
- Equador, Polônia e República Tcheca devem manter seus governos da direita.