A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) deixou algumas recomendações sobre a gripe aviária, através de uma publicação na sua página na rede social Facebook.
A ASAE deixou informações e também recomendações sobre a gripe aviária, começando por explicar que esta gripe “é uma doença vírica altamente contagiosa, que ocorre principalmente em aves de capoeira e em aves aquáticas selvagens, e que pode causar uma elevada taxa de mortalidade nas aves afetadas”.
A autoridade realçou ainda que as infeções provocadas por este vírus “podem ser divididas em dois grupos”:
- Gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) – com rápida disseminação e que causa doença grave nos animais afetados e mortalidade elevada;
- Gripe aviária de baixa patogenicidade (GABP) – que causa sinais leves de doença nos animais ou doença que passa facilmente despercebida.
Apesar de ser “mais raro”, a ASAE fez ainda a nota de que “podem ser afetados outros animais, como mamíferos, e também o ser humano“, explicando que, para que “isso ocorra, é necessário que exista contacto estreito entre as aves afetadas e outros animais ou pessoas”.
A ASAE esclareceu ainda que “é seguro consumir carne de vacas de capoeira e ovos”.
“Até à data, não há evidência científica de que a gripe aviária possa ser transmitida ao ser humano através do consumo de alimentos contaminados”, assegurando que “diariamente” são “implementadas medidas de controlo sanitário e de segurança alimentar” pela ASAE, que tem “como objetivo impedir que a carne e os ovos provenientes de animais afetados possam entrar na cadeia alimentar”.
Por fim, fez ainda a recomendação de que, como forma, de “mitigar também riscos de surtos alimentares provocados por outros agentes (por exemplo, Salmonella) é aconselhada a manutenção de higiene adequada durante a preparação de alimentos e o consumo de carne de aves de capoeira e ovos devidamente cozinhados”, isto porque “temperaturas mínimas de 70ºC conseguem inativar o vírus da gripe aviária”.
De recordar que, a Direção Geral da Saúde confirmou, num comunicado, a ocorrência de um foco de “Gripe Zoonótica de Alta Patogenicidade, do subtipo H5N1”, conhecida como gripe das aves, numa exploração de galinhas poedeiras, no concelho de Sintra, mas que não tinha sido registado nenhum caso de pessoas infectadas pelo vírus H5N1.
Já tinham sido confirmados em Portugal, na corrente época epidemiológica, três casos de infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade em aves selvagens, nomeadamente numa gaivota-de-patas-amarelas, em Quarteira, Loulé, numa gaivota-de-asa-escura, em São Jacinto, Aveiro, e numa gaivota-de-patas-amarelas em Olhão, Faro.
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