O dólar à vista tinha leve alta frente ao real nas primeiras negociações desta sexta-feira (10), a caminho de registrar a segunda semana consecutiva de perdas, enquanto os investidores avaliavam dados de inflação no Brasil e se posicionavam para a divulgação de números de emprego nos Estados Unidos.
Às 9h15, o dólar à vista subia 0,26%, a R$ 6,0503 na venda.
Na quinta-feira (9), o dólar à vista fechou em baixa de 1,10%, a R$ 6,0431.
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.
IPCA
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2024 em 4,83% e estourou a meta, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e a ser perseguida pelo Banco Central (BC) era de inflação a 3%, com margem de tolerância de 1,5% — ou seja, até 4,75%.
Com isso, o índice fechou o ano 0,33 ponto percentual acima do teto da meta e 0,21 p.p superior ao IPCA de 2023, de 4,62%.
Em dezembro, a inflação do país acelerou a 0,52%. A taxa de novembro foi de 0,39%.
Os maiores impactos sobre a inflação de 2024 vieram do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63 pontos percentuais para o IPCA do ano.
Além disso, as elevações acumuladas nos preços dos grupos Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos (de 0,81 p.p. e 0,69 p.p., respectivamente) sobre o IPCA do ano.
Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.
*Com informações da Reuters
Datafolha: Maioria da população acredita que inflação piorará em 2025