Valter Pomar, dirigente do PT que participa em Caracas de um “festival antifascista” do Foro de São Paulo, caracterizou a prisão de María Corina Machado, líder oposicionista ao ditador Nicolás Maduro, como uma “fake news”.
“Foi espalhada por ela mesma para desviar a atenção do fracasso da mobilização da extrema-direita”, afirmou Pomar à coluna.
O dirigente também deve participar como um dos representantes do PT na posse de Maduro, prevista para acontecer nesta sexta-feira (10).
Segundo Pomar, o deputado venezuelano Roy Daza, presente ao evento do Foro de São Paulo, disse que a marcha comandada por Corina ocupou uma quadra de uma avenida.
“E, coincidentemente, apareceu a história da prisão dela. Assim, a ‘notícia’ foi a suposta prisão e não o fracasso. Aí, logo depois aparece ela mesma num vídeo dizendo que está solta e bem. Dado o conjunto, temos certeza de que foi uma fake news plantado pela extrema-direita mesma”, declarou.
Nesta quinta (9), aliados de Corina disseram que ela foi “violentamente interceptada” e horas depois liberada pela ditadura após participar de protestos na capital da Venezuela.
Figura-chave do regime venezuelano, o procurador-geral Tarek William Saab negou à Folha as afirmações opositoras e afirmou que ela não foi detida, “nem por um minuto”.
Oposição e regime convocaram atos pelo país que ampliaram o clima de tensão em uma semana na qual a repressão já se acirrou na ditadura chavista. María Corina rompeu mais de cem dias de clandestinidade, refugiada em local desconhecido, e foi às ruas.
O Partido Socialista Unido da Venezuela, legenda de Maduro, é um dos integrantes mais influentes do Foro, ao lado do PT, da Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua e do Partido Comunista de Cuba.
Apesar das críticas do governo Lula a Maduro, o apoio de parte do PT ao regime venezuelano se mantém intacto.
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