Entre 9 e 11 de janeiro acontece o Festival Internacional Antifascista em Caracas, capital da Venezuela, e como dizem os venezuelanos: a capital internacional do antifascismo. Dois mil convidados internacionais de 102 países estão na cidade e também vão acompanhar a posse do presidente reeleito, Nicolás Maduro. Organizações populares e políticas da Venezuela também participam do Festival.
Delcy Rodríguez, vice-presidenta da Venezuela, foi a principal presença do governo venezuelano na cerimônia de abertura que ocorreu nesta quinta-feira (09) e relembrou a cronologia de criação de um articulação mundial de esquerda.
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A Venezuela tem proposto a criação de uma Internacional Antifascista. Esse processo já passou pela reunião de parlamentares de 32 países, pelo Congresso Internacional da Juventude, com 77 países que estão tentando organizar a Internacional Antifascista em seus territórios.
“Os grandes desafios da humanidade passam pela rede neofascista que se expande principalmente na Europa, com mais de 700 organizações. Essa mesma rede se expressa na América, como por exemplo na Argentina que hoje tem um fascista no poder e na Presidência”, afirmou a vice-presidenta se referindo a Javier Milei.
“Sabemos o que representou e representa Jair Bolsonaro contra a democracia no Brasil. Em vários países da América Latina há hoje partidos políticos fascistas e neofascistas”, completou.
Rodríguez ainda destacou que a “Venezuela tem o legítimo direito de se defender e hoje – não só em Caracas – o povo foi às ruas para defender nosso presidente, nossa paz e nossa democracia”, afirmou citando as marchas chavistas em apoio a Maduro realizadas em diferentes pontos do país nesta quinta-feira.
“Cavaremos aqui a tumba do fascismo porque vamos impor a ele derrotas estratégicas, como foi a derrota eleitoral”, disse. A vice de Maduro também citou os presidentes do Panamá, José Raúl Mulino, e da República Dominicana, Luis Abinader, que se manisfestaram de forma contundente classificando as eleições venezuelanas como ilegítimas.
“O fascismo venezuelano acha que, porque tem alianças com figuras da direita do continente, conseguirá desestabilizar o país”, afirmou. Ela também chamou a líder da oposição María Corina Machado de “Milei venezuelana” e a responsabilizou por promover o bloqueio contra o país em contato direto com os EUA, pedindo mais sanções.
“Aqui nós estamos e aqui seguiremos. Já pensaram se o fascismo tomar conta da Venezuela, onde está uma das maiores reservas energéticas do planeta?”, questionou a vice-presidenta.
Edição: Lucas Estanislau