Ex-presidente recebeu convite do presidente eleito dos Estados Unidos para a cerimônia; contudo, precisa de autorização do STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 4ª feira (8.jan.2025) em seu perfil no X que estará na posse do presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump (Partido Republicano), marcada para 20 de janeiro de 2025.
Em um vídeo no X (ex-Twitter), Bolsonaro aparece em frente ao jornal da CNN, que anunciava o convite de Donald Trump ao ex-presidente do Brasil. Bolsonaro acena para quem estava filmando e responde para a gravação: “Vamos Lá”.
“Estou muito feliz com esse convite. Estarei representando aí os conservadores, a direita, o bem, o povo brasileiro lá nos Estados Unidos, se Deus quiser. Valeu!”, afirmou em vídeo.
Assista:
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 8, 2025
O antigo chefe do Executivo, no entanto, está impedido de sair do país desde que teve seu passaporte retido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024 por suspeita de tentativa de golpe de Estado e envolvimento nos atos do 8 de Janeiro.
O ex-presidente declarou ainda nesta 4ª feira (8.jan) que foi convidado para a posse por Trump. Em publicação no X (ex-Twitter), disse estar “muito honrado” em receber o convite e agradeceu ao seu filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelo “excelente trabalho nesta relação com a família do presidente Donald J. Trump”.
Sobre o impedimento, disse que o seu advogado, Paulo Bueno, enviou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes um pedido para reaver o documento e conseguir comparecer ao evento.
Junto à mensagem, Bolsonaro compartilhou um vídeo do filho Eduardo, em que critica a decisão da Justiça de reter o passaporte do pai. Ainda, disse que o republicano se identificou com o caso. “Porque ele lá nos Estados Unidos também foi vítima de uma perseguição de um ativismo judicial nojento, repugnante, baixo e sem escrúpulos”.
Bolsonaro declarou apoio a Trump durante as eleições presidenciais dos EUA. Em vídeo divulgado em 3 de novembro de 2024, disse que o retorno do republicano ao poder era a “certeza de um mundo melhor”.
“Em seu governo, os Estados Unidos projetavam poder. Não tivemos guerra. A paz se fez presente em todo o globo. Hoje vemos guerras, a volta do terrorismo e a censura aprisionando a todos”, disse Bolsonaro à época.